Jornal I
Por Kátia Catulo
Publicado em 4 Mar 2015 - 13:00
Mais que subir as notas, o projecto aumentou o entusiasmo dos alunos alentejanos pela escola
Há dois anos, as Escolas de Cuba, no Alentejo, anunciaram a grande revolução: em vez de manuais em papel, os alunos começaram a usar livros electrónicos descarregados nos tablets. Seria apenas uma experiência-piloto para duas turmas com crianças “um pouco desmotivadas” e com notas que “não eram as mais desejadas”, contou à Lusa Germano Bagão, director do agrupamento.
Em Setembro de 2013, o frenesim foi tão grande que o eco chegou a Lisboa e até justificou uma viagem da equipa de reportagem do i, que se fez à estrada, que cruza rebanhos e campos de girassóis, até chegar ao epicentro da revolução. Mesmo a tempo de ouvir o director avisar perante um auditório a abarrotar que havia um grande desafio pela frente e que os seus alunos “teriam de trabalhar muito mais do que quando usavam livros”. A cerimónia oficial aconteceu há dois anos e, dois anos depois, alunos, professores e director dão agora conta dos primeiros resultados.
Segundo os resultados da avaliação do primeiro ano do projecto, os alunos têm tido “uma motivação superior” nos estudos e “melhorias” nas notas, o que “não teriam se não estivessem no projecto”, defende Germano Bagão. A diferença não é radical, mas ninguém estava à espera que as mudanças acontecessem do dia para a noite. “Os alunos conseguiram notas um bocadinhos melhores”, conta Rosário Alves, directora das duas turmas.
A grande mais-valia do projecto, explica a professora de Matemática, é sobretudo o entusiasmo que provocou entre os miúdos: “Os alunos começaram a usar os manuais digitais e, aos poucos, a recorrer ao dicionário, a pesquisar na internet e a consultar o correio electrónico.” E agora até já usam outros recursos, como um bloco de notas digital, onde guardam apontamentos multimédia das aulas e dos manuais digitais, “sem terem de recorrer tanto ao caderno” em papel, explica a professora.
António Cardeira, de 15 anos, que nunca tinha usado um tablet, já nem imagina como seriam as aulas sem os seus livros electrónicos: “Podemos pesquisar coisas que não temos nos manuais, ver imagens, é muito mais fácil pesquisar no tablet do que nos livros”, conta o aluno do 8.o ano. E Rita Rosado, de 13 anos, descobriu que estudar com livros interactivos é muito mais empolgante.
O projecto ManEEle – Manuais Escolares Electrónicos, promovido pelos Serviços Regionais do Alentejo do Ministério da Educação, em parceria com várias entidades, como a Fujitsu, a Porto Editora e a Microsoft, abrange 42 alunos e 17 professores da Escola Básica Fialho de Almeida, na vila de Cuba, no distrito de Beja. O ManEEle, que acompanha os alunos ao longo do 3.o ciclo do ensino básico, arrancou no ano lectivo de 2013/2014, quando começaram o 7.o ano, e terminará no ano lectivo de 2015/2016, quando acabarem o 9.o ano. Com Lusa
O projeto ManEEle no semanário Expresso
O semanário Expresso publicou uma reportagem sobre o projeto-piloto Maneele a decorrer no Agrupamento de Escolas de Cuba. Integrada numa iniciativa designada "2053", que pretende lançar pistas para o que o mundo vai ser daqui a 40 anos (o Expresso comemora esta ano 40 anos de existência) a reportagem "A Escola do Futuro", procura retratar o projeto de Cuba no sentido da transformação do ambiente da sala de aula, numa dimensão pedagógica que rompa com o modelo centrado no professor, que ainda impera, para um novo paradigma, onde o trabalho pedagógico é mais individualizado e atento às diferentes características dos alunos.
No projeto-piloto em curso no Agrupamento de Escolas de Cuba, o elemento transformador da dinâmica pedagógica é o manual escolar, mas num conceito e papel diferente, pois o caminho que este projeto pretende percorrer é o da definição deste suporte como a ferramenta que se adapta e atualiza perante as necessidades de cada aluno, um media agregador e que confere coerência às estratégias pedagógicas.
Pode ler o artigo no documento anexo.
O projeto ManEEle na TSF
Escola alentejana aposta em manuais escolares eletrónicos
O MANELE foi implementado há um ano e meio numa escola de Cuba, no Alentejo. O projeto-piloto permitiu, a quase 40 alunos e 17 professores, dispensar os livros escolares em papel e substituí-los por tablets.
Ouvir as três entrevistas no site da TSF
Projeto ManEEle na MSN
O projeto ManEEle no OBSERVADOR
Alunos de Cuba que trocaram livros por ‘tablet’ têm mais motivação e melhores notas
2/3/2015, 8:32
Alunos da escola básica de Cuba, no Alentejo, que trocaram os tradicionais livros escolares em papel por manuais eletrónicos incluídos num ´tablet`, aumentaram a motivação nas aulas e melhoraram notas.
Numa aula de matemática de uma das duas turmas abrangidas por este projeto pioneiro, a atenção dos alunos, do 8.º ano, divide-se entre a professora, o quadro interativo e o ´tablet`, a nova ferramenta que já se tornou “indispensável”. Entre exercícios de matemática, um dos alunos, António Cardeira, de 15 anos, conta à agência Lusa que já não imagina as aulas e a vida sem o ´tablet`, graças ao qual está mais empenhado nos estudos e melhorou as notas de algumas disciplinas.
Segundo os resultados da avaliação do primeiro ano do projeto, os alunos têm tido “uma motivação superior” nos estudos e “melhorias” nas notas, o que “não teriam se não estivessem no projeto”, explica o diretor do Agrupamento de Escolas de Cuba, Germano Bagão.
O projeto ManEEle – Manuais Escolares Eletrónicos, promovido pelos serviços regionais do Alentejo do Ministério da Educação, em parceria com várias entidades, como a Fujitsu, a Porto Editora e a Microsoft, abrange 42 alunos e 17 professores da Escola Básica Fialho de Almeida, na vila de Cuba, no distrito de Beja. O ManEEle, que acompanha os alunos ao longo do 3.º ciclo do Ensino Básico, arrancou no ano letivo de 2013/2014, quando começaram o 7.º ano, e terminará no ano letivo de 2015/2016, quando acabarem o 9.º ano.
As duas turmas foram escolhidas devido ao “historial dos alunos”, que eram “um pouco desmotivados para o processo de ensino-aprendizagem”, as notas “não eram as desejadas” e parecia ter “mais dificuldades em fazer o percurso regular do Ensino Básico”, explica o diretor. “Optámos pela solução mais difícil” e “só avançamos com este projeto porque acreditamos piamente que esta ferramenta pode ajudar os nossos alunos a fazerem o seu percurso escolar com sucesso”, frisa.
Através do projeto, que visa testar o uso de manuais escolares eletrónicos nas aulas, os alunos estudam com ´tablet`, onde têm conteúdos da plataforma Escola Virtual da Porto Editora, como manuais escolares digitais, e acedem à Internet. “Podemos pesquisar coisas que não temos nos manuais, ver imagens, é muito mais fácil pesquisar no ´tablet` do que nos livros”, frisa António.
A aluna Rita Rosado, de 13 anos, conta que gosta “mais” de estudar através do ´tablet`, porque “é mais incentivante fazer os trabalhos pela Escola Virtual, e pode-se pesquisar na Internet e os livros são interativos”.
Enquanto os alunos fazem exercícios, a professora de matemática e diretora das duas turmas, Rosário Alves, faz um balanço “bastante positivo” do projeto. “Tem sido uma mais-valia enorme” ao nível dos recursos que os alunos têm usado através do ´tablet`”, frisa, referindo que graças ao projeto os alunos conseguiram notas “um bocadinho melhores”. “Os pais também ficaram muito satisfeitos, porque, como é um projeto, não pagam rigorosamente nada dos manuais digitais e têm essa economia nestes tempos de crise”, frisa Germano Bagão.
Segundo Rosário Alves, através do ´tablet`, os alunos começaram por usar os manuais digitais e, aos poucos, a recorrer ao dicionário, a pesquisar na Internet e a consultar o correio eletrónico. Agora até já usam outros recursos, como um bloco de notas digital, onde guardam apontamentos multimédia das aulas e dos manuais digitais “sem terem de recorrer tanto ao caderno” em papel, explica a professora.
“Vantagens vejo muitas, desvantagens não as encontro”, porque “aquilo que precisava era exatamente os recursos que eles têm com a utilização do ´tablet`”, diz a professora de física e química, Cristina Barata. Com as duas turmas é possível “alcançar um resultado muito mais positivo”, porque os alunos têm os recursos do ´tablet` “à mão, em casa e na escola”, frisa Cristina Barata, referindo que o “sucesso” dos alunos “seria talvez mais baixo” sem o ´tablet`.
Por isso, António, que nunca tinha usado um ´tablet` antes do projeto e já não imagina aulas com livros tradicionais, defende: “Todos os alunos deviam ter esta oportunidade”.
Fonte:OBSERVADOR de 02/03/2015
A mesma notícia no SAPO
Projeto ManEEle na SIC
O projeto-piloto realizado nas escolas de Cuba e Vila Viçosa volta a ser notícia, agora que está no segundo ano da sua concretização.
SIC Notícias, Edição da Manhã 07-01-2015.
Projeto ManEEle na TVI, Jornal da Uma
Reportagem no "Jornal da Uma" da TVI, no dia 08-02-2015, acerca do projeto-piloto ManEEle (Manuais Escolares Eletrónicos), uma iniciativa da DGESTE Alentejo.
O projeto Maneele no Programa Querida Júlia na SIC
O projeto Maneele no Programa Falar Global
O projeto ManEEle no Programa Falar Global
O projeto ManEEle no Programa Falar Global
Revolução no ensino no alentejo - Falar Global parte I
Revolução no ensino no alentejo - Falar Global parte II
Encontro Nacional “Tablets na Educação”
Universidade de Aveiro, sábado, 31 de janeiro de 2015
Sob o lema “A Educação móvel”, o Encontro Nacional “Tablets na Educação 2015” tem como objetivos a promoção do debate e partilha de informação sobre a utilização de tablets e outros dispositivos móveis em educação e realizar um balanço de projetos-piloto que, atualmente, estão a ser desenvolvidos em Portugal e na Europa.
Este evento tem como destinatários:
- investigadores na área das utilização das tecnologias em educação;
- coordenadores de projetos sobre utilização educativa de dispositivos móveis;
- diretores de escolas;
- professores.
“Seminário das Tecnologias Educativas”
20/03/2015
Auditório da Escola Básica Fialho de Almeida
Programa
16:00 – Abertura da sessão pelo diretor do AECUBA (Prof. Germano Bagão)
16:15 – Pedagogia Diferenciada (Dr. Carlos Casado, da Promethean)
16:30 - Ler a 2 / 2 a ler – Literacia(s) e Comunicação Matemática (Profª Florinda Almeida, professora bibliotecária do AECUBA)
16:45 – Apresentação do projeto TEDy (Engº José Nunes, da MAKE IT BETTER)
17:00 - Soluções Adaptadas para uma Aprendizagem Inclusiva (Dr. Gonçalo Ribeiro)
17:15 – Projeto ManEEle - Manuais Escolares Eletrónicos (Mestre Jorge Mata, da DGEstE Direção de Serviços Região Alentejo)
17:30 – A Escola Virtual a plataforma de e-learning direcionada para o ensino (Dr. Rui Moura, da Escola Virtual)
17:45 – Escudo Web (Dr. Carlos Rueda)
18:00 – Apresentação pública da avaliação do 1º ano do projeto ManEEle (Prof. Dr. José Lagarto, da Universidade Católica).